sábado, 22 de março de 2014

LIÇÃO DE VIDA - A TIGELA DE MADEIRA


Um senhor de idade foi morar com o filho, a nora e o netinho de quatro anos. Suas mão eram trêmulas, a visão embaçada e  os passos, vacilantes. Normalmente, a família fazia as refeições à mesa. Suas mãos inseguras e a pouca visão o atrapalhavam na hora de comer. Até mesmo ervilhas rolavam de sua colher e iam parar no chão. Quando pegava um copo, derramava o conteúdo na toalha. O filho e a nora se irritavam com a bagunça.
   - Precisamos tomar uma providência sobre o papai, disse o filho.
   - Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boda aberta e comida espalhada pelo chão!
   Então, decidiram colocar uma mesa num canto da cozinha. Ali, o avô se alimentava sozinho, enquanto o resto da família comia sossegado á mesa.
   Desde que o velho havia quebrado um ou dois pratos, a comida passara a ser servida numa tigela de madeira.
  Quando a família observava o avô ali, sentado sozinho, notava lágrima em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram áspera repreensões, quando o pobre homem deixava um talher cair.
   O menino assistia a tudo em silêncio.
   Porém, uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que a criança estava sentada no chão, mexendo com alguns pedaços de madeira. Curioso, ele perguntou:
   - O que você está fazendo?
   Docemente, o menino respondeu com a ingenuidade própria de uma criança: A TIGELA DE MADEIRA
   - Oh, estou fazendo uma tigela pra você e mamãe comerem quando eu crescer!
   Aquelas palavras tiveram forte impacto sobre os pais, que ficaram mudos. Então lágrimas surgiram em seus olhos. Embora ninguém tivesse dito nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite, o pai segurou as mãos de seu pai e, gentilmente, reconduziu-o á mesa.
MORAL DA HISTÓRIA – Não importa o tipo de relacionamento que tenhamos com nossos pais, quando eles partiram, sentiremos sua falta. A vida, nos oferece uma segunda chance e temos de agarrá-la com todas as nossas forças. Devemos focar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros e procurar fazer o melhor. Nenhum presente é maior que segurar a mão de alguém, dar um abraço afetuoso ou um tapinha nas costas. As pessoas podem esquecer de tudo, menos de como foram tratadas por aqueles a quem amam.

Fonte: Jonatan Ricardo junkton, do NDD São Bento do Sul, DR/SC



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